Regras mais rígidas de flexão da asa dianteira e novos testes da FIA
A FIA deve restringir ainda mais as asas dianteiras flexíveis a partir de meados da temporada de F1 de 2025.
A FIA está buscando introduzir medidas mais rígidas para restringir o nível de flexibilidade permitido das asas dianteiras na temporada da Fórmula 1 2025.
Uma versão atualizada da diretiva técnica TD018, emitida pela primeira vez em 2023, foi distribuída às equipes.
O documento atualizado exigirá que as equipes se adequem as verificações mais rigorosas na asa dianteira, que serão introduzidas no Grande Prêmio da Espanha, em junho de 2025.
No ano passado, a FIA embarcou em uma missão de investigação para monitorar as asas dianteiras e traseiras de várias equipes, em uma tentativa de entender se seus equipamentos de medição ficaram aquém da engenhosidade das equipes — já que todas as equipes passaram em todos os testes de carga estática.
Conforme relatado pela publicação italiana Autoracer.it na última sexta-feira, a FIA emitiu uma diretiva técnica com o objetivo de tornar seus testes de carga estática mais rigorosos.
As diretrizes técnicas não foram divulgadas, mas há relatos de que o nível de flexão permitido será reduzido de 15 mm para 10 mm.
Atualmente, os regulamentos técnicos da FIA estabelecem que, nos testes de carga atuais, a asa dianteira não deve flexionar mais de 15 mm.
As mudanças na TD ocorreram logo após os regulamentos da asa traseira terem sido alterados, em um esforço para eliminar áreas cinzentas, como o “Mini-DRS” visto no MCL38 da McLaren no Grande Prêmio do Azerbaijão.
“Após uma análise mais aprofundada realizada pelo Departamento de Monopostos da FIA após a conclusão da temporada de 2024, estamos comprometidos em garantir que a flexibilidade das peças não sejam mais um ponto de discórdia para a temporada de 2025”, diz um comunicado da FIA.
“Como parte desse esforço, aumentaremos o escopo dos testes de asa traseira a partir do início da temporada de 2025, e testes adicionais de asa dianteira serão introduzidos a partir do GP da Espanha.”
“Essa abordagem em fases permite que as equipes se adaptem sem a necessidade de descartar componentes existentes desnecessariamente.”
“Esses ajustes visam refinar ainda mais nossa capacidade de monitorar e aplicar regulamentações de flexibilidade da carroceria, garantindo igualdade de condições para todos os competidores, a fim de promover corridas justas e emocionantes.”
Os testes modificados serão introduzidos no Grande Prêmio da Espanha, para dar tempo às equipes de modificar seus designs de asa dianteira, se necessário.
No ano passado, a FIA começou a usar câmeras especiais para monitorar a flexão dos carros, deixando claro que nenhuma equipe estava praticando irregularidades. No entanto, a Red Bull e a Ferrari acusaram McLaren e Mercedes de excesso de flexão, o que levou a FIA a aprofundar as investigações.
Fred Vasseur, chefe da Ferrari, ficou frustrado com a falta de ação da FIA em 2024, sentindo que a equipe perdeu um tempo valioso de desenvolvimento. Ele mencionou a frustração de esperar pela decisão da FIA, o que atrasou o desenvolvimento da Ferrari.
Nikolas Tombazis, da FIA, comentou que uma reação imediata seria impulsiva, dadas as diferentes abordagens das equipes. As regras estão em vigor desde 2022, mas podem mudar para 2026, visando uma aplicação mais eficaz.
Apesar de o plano inicial ser esperar até a próxima temporada, a FIA decidiu buscar uma repressão mais imediata diante da possibilidade de mais equipes adotarem a prática.